Sonhamos com o impossível. Desejamos o inatingível. Criamos expectativas de algo inesquecível. Conquistamos o limite da quase morte, em vida. É frustrante nos depararmos com nossos sonhos, realizarmos cada um, para constatarmos que aquilo não era felicidade. A adrenalina de desafiarmos a morte é igual a ilusão dos nossos sonhos. Determinados sonhos se tornam pesadelos. Idealizo aquela pessoa como ideal. Fantasio aquele estilo de vida como ápice da felicidade. Depois de criar coragem, constato que as situações são as mesmas. Praticamos esportes radicais diariamente. O que muda, é o ambiente. Os riscos são os mesmos todos os dias. A adrenalina é o combustível da expectativa de que aquele vai ser melhor, de que este lugar vai ser emocionante. O desafio do percurso é mais emocionante que a conquista em si. Seres humanos alucinados, numa vida delirante, cheia de devaneios surreais.